Eu quero o amor de uma princesa.
Eu quero andar na noite fria, com a sorte da paz do meio-dia, cantar no gelado, ir à padaria.
Sentir o cheiro da praia... Que nostalgia daquele tempo de criança, de muita brincadeira. A preocupação era de como seria o próximo aniversário, quais presentes ocupariam a lista, qual seria o álbum da vez.
Andar de mãos dadas com o namoradinho.
Ficar a tarde toda jogando bola.
As derrotas serem apenas os tombos na bicicleta.
Aquele tempo passou num segundo. As vezes até parece uma outra história, outra vida que não a minha.
Talvez, quem sabe, eu não seja outra pessoa, um pouco triste, sem aquela energia, mas com a mesma simpatia daquela criança, dengosa, que gostava do dia e de “virar-cambalhota-na-noite-feliz”.
Em busca de um príncipe, não encantado, mas interessante.
As vezes complico e descomplico na mesma velocidade da luz.
Meus gostos não mudaram tanto assim...
Mas de fato, alguma coisa aconteceu que mudou toda a minha essência, tão pura e segura, tranqüila aparência.
Não sei se foi parte de um processo natural nem sei se é tempo de voltar atrás.
Mas só afirmo uma coisa, importante para todos vocês: Faço o que faço com a graça e espontaneidade de uma menina. Não mudo a parte que é a que mais agrado. Entendam o que quiserem, enquanto vou seguindo. Que percam seu tempo com as escolhas e atos, vocês nunca vão entender que essas superficialidades não têm importância.
A sociedade não passa de lixo convertido em fumaça negra.
Eu vou embora, antes que ela me sufoque.
Adeus, seres tão insensatos, de passos pesados e pensamentos leves.